sexta-feira, 1 de março de 2013

"passe o celular!"

hoje, faz uma semana que me assaltaram pela primeira vez ou que tentaram me assaltar.

por volta de 18h30, estava a poucas quadras de casa, quando um sujeito da minha idade, aproximadamente, correu em minha direção e, com dificuldade para falar, ordenou-me que desse-lhe o celular, enquanto segurava um canivete ou algo do tipo, apontado para mim. pra variar, eu não estava de posse do aparelho – ele encontrava-se descarregado, em casa, como de costume (rs). tantos reclamam que eu não uso celular e nesse momento eu dei graças a Deus por isso! (se bem que, quando o ladrão visse o troço que ele roubaria, ficaria mais frustrado ainda. haha)

rua riachuelo - o local foi entre o meriva e a muro branco.
fonte: google maps - street view

(voltando...)

eu disse:
– não tenho, moço! é sério...
e ele:
– cadê? – suspendeu minha camisa para verificar os bolsos da bermuda e percebeu que eu havia falado a verdade. – vá embora!
– obrigado, moço!

""obrigado", rodrigo? você agradeceu por uma pessoa não ter roubado você?" "sim..."

como disse, essa foi a primeira vez que fui assaltado. até então, não tinha noção de qual seria minha reação frente a uma situação dessa – noÇÃO, reaÇÃO, situaÇÃO... tô ruim, viu? reescrevendo: até então, não tinha ideia de como eu reagiria em uma situação como essa – melhorou. por eu achar isso muito injusto (alguém tomar para si o que não lhe pertence, ainda mais ameaçando a vítima), acreditava que teria raiva e permaneceria firme e relutante em entregar o que me fosse pedido pelo assaltante. mas no curto tempo em que tudo aconteceu, assim que eu vi a arma e me dei conta do risco que corria e do que estava prestes a perder (não me refiro ao celular, mas ao meu notebook que estava dentro da mochila), gelei, tive medo, porém permaneci aparentemente calmo. e mais uma vez agradeci a Deus por ter me amparado.

após agradecer ao rapaz por ter me liberado e prosseguir apressadamente em direção a minha casa, incrédulo por sair ileso e com todos os meus pertences, dei-me conta do livramento. "como ele não tomou minha mochila?", "por que não pediu meu relógio?", pensava. na mochila estavam meu notebook, minha carteira com dinheiro e documentos, e meu material da faculdade. o prejuízo seria grande e não apenas financeiro (tinha trabalhos da faculdade para entregar essa semana e dependia de tudo aquilo). cheguei em casa ainda tremendo, mas muito grato a Deus pela proteção.

Paulo disse aos tessalonicenses "em tudo dai graças". "tudo" inclui momentos ruins, provações, dificuldades e perigos. apesar da maldade, Deus detém o controle sobre todas as coisas. e mesmo que não entendamos os porquês ou não os aceitemos, devemos crer que "todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus" (rom. 8:28).

feliz sábado!