quinta-feira, 29 de março de 2012

akedah

"e Eu subirei uma montanha, carregando a Esperança do mundo: o Meu Filho.
entenda a promessa agora: Eu faço nova toda esta história que o seu Deus,
sim, o seu Deus... sim, o seu Deus proverá."

Gian Lorenzo Bernini | GRANDES artistas

Detalhe do Autorretrato quando
jovem (c.1623), de Bernini.
Nascimento: Gian Lorenzo Bernini, 7 de dezembro de 1598 (Nápoles, Itália). morte: 28 de novembro de 1680 (Roma, Itália).

Estilo: Importante pintor, escultor e arquiteto barroco; retratos esculturais revolucionários; formas dinâmicas; arquiteto da Basílica de São Pedro, no Vaticano.

"Gian Lorenzo Bernini foi um dos principais artistas do seu tempo e influenciou profundamente o desenvolvimento da arte e da arquitetura barroca, sobretudo em Roma. Ele criou uma nova forma de expressão em mármore, com um dinamismo e uma energia capazes de transformar as esculturas em algo orgânico, expressivo e vigoroso. Sua obra, tanto a escultural quanto a arquitetônica, dominou Roma durante o século XVII.

Seu talento já era aparente no que é considerado um de seus primeiros trabalhos, A cabra Amalteia com o jovem Júpter e um fauno (c.1609). Ele foi educado no ateliê do pai, o escultor maneirista Pietro Bernini, que o apresentou aos Borguese e aos Barbarini – poderosas famílias romanas e importantes patronos. Em c.1618, Bernini foi incumbido pelo cardeal Scipione Borguese de criar uma série de gigantescas estátuas, entre elas Plutão e Prosérpina (1621-1622), Apolo e Dafne (1622-1624) e Davi (1623), todas naturalistas e cheias de vida.

O martírio de São Lourenço (1613) é um dos primeiros trabalhos conhecidos de Bernini.

Em 1623, Maffeo Barbarini tornou-se o Papa Urbano VIII e Bernini se se transformou no artista-chefe do pontificado, responsável pelos maiores projetos arquitetônicos e artísticos da cidade, incluindo a Basílica de São Pedro. ele se envolveu com a basílica por quase toda a vida, produzindo suas mais famosas e perfeitas obras. entre elas estão Baldaquino (1623-1624), uma espécie de dossel sobre o altar-mor, o Mausoléu do Papa Urbano VIII (1627-1647) e a Cátedra de Pedro (ou Cadeira de São Pedro) (1655).

O êxtase de Santa Teresa reflete a energia e a paixão de Bernini.

Apolo e Dafne foi feita para a poderosa família Borguese.
Com a morte do papa, em 1644, Bernini perdeu os favores papais, mas continuou a receber encomendas particulares, como lhe fez o cardeal veneziano Frederico Cornaro para a Capela Cornaro. A capela é considerada um de seus maiores trabalhos e abriga a escultura O êxtase de Santa Teresa (1647-1652), uma obra em mármores sem igual por sua emoção intensa e estérica original. Em 1655, com a ascensão do Papa Alexandre VII, a posição privilegiada de Bernini com o papado foi restaurada. Ele assumiu o progeto da praça São Pedro, as colunatas e a entrada da Scala Regia. Bernini continuou a trabalhar incansavelmente. No fim da vida, criou o Mausoléu do Papa Alexandre VII (1671-1678), sua última grande obra." TP

(TP) Tamsin Pickeral estudou história da arte antes de aprofundar seu aprendizado na Itália. Ela divide seu tempo escrevendo sobre arte e cavalos. Seus livros mais recentes são Van Gogh, The Impressionists, The Dog in Art e The Horse in Art.

Obras primas
A cabra Amalteia com o jovem Júpiter e um fauno c.1609 (Galeria Borguese, Roma, Itália)
Apolo e Dafne 1622-1624 (Galeria Borguese, Roma, Itália)
Capela Cornaro na Igreja de Santa Maria della Vittoria 1647-1652 (Roma, Itália)
Constantino 1654-1670 (Scala Regia, Palácio do Vaticano, Roma, Itália)
Elefante e obelisco 1667 (Piazza Santa Maria sopra Minerva, Roma, Itália)
Mausoléu do Papa Alexandre VII 1671-1678 (Basílica de São Pedro, Cidade do Vaticano, Itália)

O êxtase de Santa Teresa
"A mais notável das esculturas religiosas de Bernini – e uma das mais impressionantes obras do alto Barroco – é O êxtase de Santa Teresa, finalizada em 1652 para a Igreja de Santa Maria della Vittoria em Roma, pela assombrosa quantia de 12 mil ducados. O mármore e o metal se combinam para criar uma surpreendente visão da santa sendo visitada por um anjo em seus sonhos. O anjo trespassa seu coração com uma lança de ouro. Alguns críticos interpretam o êxtase semidelirante de Santa Teresa como um arrebatamento sexual, embora nada sugira essa leitura nas intenções de Bernini."

bibliografia
501 grandes artistas: um guia abrangente sobre os gigantes das artes / editor geral Stephen Farthing [tradução de Marcelo Mendes e Paulo Polzonoff Jr.] – Rio de Janeiro: Sextante, 2009. (págs. 122 e 123)

domingo, 25 de março de 2012

alguém como eu

uma pessoa... um pecador;
uma poesia... um coração;
uma melodia... um violão;
uma pessoa... o único Deus.
entra Mestre, descansa um pouco;
estás cansado, estás sedento e rouco.
dorme Mestre, a casa é Tua;
já fechei porta e janela pra rua.
deixou-me falando só;
dormiu tão pesado, fazia dó.
como será, Mestre, esse sonho Teu?
sonhas como homem, sonhas como Deus...
sonhas com a glória que tinhas com o Pai na luz
ou sonhas com a cruz? 
levanta Mestre, já é hora;
uma multidão Te espera lá fora.
estás decidido, não Te detenho;
vais curando até chegar ao lenho.
partiu, fica a paz em mim;
deixa a sala com cheiro de jasmim.
vai verter a vida do corpo Seu
pra levar a culpa de alguém como eu;
pra lavar o sujo do meu próprio eu,
levar-me puro a Deus.
Stênio Marcius 

sexta-feira, 23 de março de 2012

vida por vidas


amanhã (sábado - 24 de março de 2012), a IASD | Igreja Adventista do Sétimo Dia em todo o Brasil, estará comprometida com o projeto VIDA por VIDAS, uma campanha de doação de sangue, plaquetas e medula óssea, apoiada pela ADRA Brasil e pelo Ministério da Saúde.

o Clube de Jovens Tribos de Israel, da IASD Siqueira Campos, convida todos que desejam participar deste projeto, a estarem às 9h da manhã no HEMOSE | Centro de Hemoterapia de Sergipe.

se você é doador, procure o centro de coleta mais próximo em sua cidade e junte-se a nós nessa demonstração de amor ao próximo. se você nunca doou, mas pretende iniciar esse hábito, saiba aqui quais são as condições para ser um doador.

promova este movimento!
"Ele deu tudo para você doar um pouco."


acesse o site para maiores informações: vidaporvidas.com

de D-s

"quando você vai voltar pra Mim? estou esperando!
volte logo que o tempo está findando;
muito em breve Eu volto e não há outra chance."



muito especial!
sem mais.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Pablo Picasso | GRANDES artistas

Nascimento: Pablo Picasso, 25 de outubro de 1881 (Málaga, Espanha). Morte: 8 de abril de 1973 (Mougins, França)

Estilo: escultor, gravurista, ceramista, colagista; inventor do cubismo; temas recorrentes; naturezas-mortas, retratos, cenas do cotidiano, paisagens e homenagens.

"O gênio de Pablo Picasso dominou a arte do século XX e todos os outros artistas do século parecem ofuscados pela sombre dele. Com um taleto semelhante ao de Leonardo da Vinci e Michelangelo Buonarroti, sua criatividade não conhecia limites no que diz respeito a habilidade, inventividade e diversão. Alterando-se  feito um camaleão de um estilo para outro e entre várias técnicas, sua produção foi prolífica, mas sempre original, e geralmente provocativa. Sua influência em artistas contemporâneos como Georges Braque, Henri Matisse e Fernand Léger foi significativa. Picasso também influenciou sucessivas gerações de artistas, entre eles Arshile Gorky, Willem de Kooning e David Hockney, por exemplo.

Les Demoiselles d'Avignon foi um marco na história da arte.
Picasso aprendeu primeiramente com seu pai, também artista, e depois, a partir dos 11 anos, estudou pintura na Escola de Artes de La Coruña. Aos 14 anos, ele já havia produzido a incrível obra realista Primeira comunhão (1896), que revelou seu domínio da composição, da cor e da técnica dos velhos mestres. esse trabalho revela uma profusão de estilos de outros artistas, o que resultou em pinturas parecidas com as de Sir Peter Paul Rubens, como em Retrato da tia Pepa (1896), ou Henri de Toulouse-Lautrec, como em Mulher de azul (1901).

Em 1904, Picasso se fixou em Paris, onde se tornou o centro do círculo de artistas e escritores de canguarda da cidade. Ele viveu na França pelo resto da vida, As primeiras pinturas, gravuras e esculturas de Picasso se dividem em períodos: a Fase Azul (1901-1904), a Fase Rosa (1905-1907), a Fase Primitiva (1908-1909), o cubismo analítico (1908-1912) e o cubismo sintético (1912-1913).

A Fase Azul consiste em obras melancólicas. Geralmente em tons de azul, elas exibem figuras alongadas e magras como as de El Greco  bêbados, mendigos, prostitutas, vagabundos e os pobres, como em A tragédia (1903). Já sua Fase Rosa é notável pelas cores rosa e alaranjadas, e exibe arlequins, acrobatas e artistas de circo, como em Família de saltimbancos (1905). Em sua Fase Primitiva, o artista se inspirou na escultura ibérica pré-romana e nas artes africana e da Oceania para criar a revolucionária Les Demoiselles d'Avignon (1907), com personagens angulares e uma guinada rumo ao cubismo.

Com  o antigo amigo Braque, Picasso criou as técnicas e as teorias para o audacioso estilo cubista, que retrata formas tridimensionais em planos bidimensionais, gerando obras figurativas como Mulher com violão (1911) e naturezas-mortas como Pássaros mortos (1912). Ele também inventou o processo espacial para fazer com que objetos tridimensionais parecessem imagens planas em esculturas cubistas como Violão (1912-1913). Picasso e Braque criaram o cubismo sintético logo em seguida. Nele, as pinturas incorporavam colagens de jornais e recortes de papel e tecido, como em Garrafa e taça de vinho sobre uma mesa (1912).

Guernica se tornou um símbolo universal da dor e do sofrimento das guerras.
"...aos 15 anos eu pintava como Velásquez e precisei de 80 anos para pintar como uma criança..."
A influência do mestre
Os trabalhos posteriores de Picasso são mais difíceis de serem categorizados, porque abrangem desde obras figurativas sólidas e neoclássicas, feitas durante a Primeira Guerra Mundial, até o surrealismo, na década de 1920, e a exploração de temas mitológicos na década de 1930, como na gravura Minotauromaquia (1935), que mostra todo seu talento como desenhista. Durante a carreira, Picasso brincou com composição, espaço, técnica e cor, usando temas recorrentes, como as touradas, violões e arlequins. No período da Guerra Civil Espanhola, sua obra se tornou antifascista, com o mural Guernica (1937). As obras seguintes, de desenhos, águas-fortes e pinturas como Mulher que chora (1937), exprimem a dor da guerra. Picasso pintou ainda homenagens a artistas do passado em obras como As damas de honra (1957), uma interpretação da obra original de Diego Velásquez. Na década de 1960, ele produziu trabalhos coloridos que alguns entendem como uma guinada rumo ao neoexpressionismo.

A vida pessoal de Picasso foi tão fluida quanto sua vida artística. ele se casou duas vezes e teve quatro filhos de três mulheres. Sempre mudando e inventivo, alguém pode se perguntar o que o mestre estaria criando se estivesse vivo hoje." CK

Pintada depois de Guernica, A mulher que chora faz parte de uma série de luto.
(CK) Carol King é escritora freelance; mora em Londres e na Itália. Estudou belas-artes no Centro de Estudos St. Martin e literatura inglesa na Universidade de Sessex. Escreve sobre arte, viagens, cinema e arquitetura.

Obras-primas
Primeira Comunhão 1896 (Museu Picasso, Barcelona, Espanha)
Mulher de azul 1901 (Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri, Espanha)
A tragédia 1903 (National Gallery of Art, Washington, D.C., EUA)
Família de saltimbancos 1905 (National Gallery of Art, Washington, D.C., EUA)
Les Demoiselles d'Avignon 1907 (MoMA, Nova York, EUA)
Mulher com violão 1911 (MoMA, Nova York, EUA)
Pássaros mortos 1912 (Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri, Espanha)
Garrafa e taça de vinho sobre uma mesa 1912 (Metropolitan Museum of Art, Nova York, EUA)
Violão 1912-1913 (MoMA, Nova York, EUA)
Minotauromaquia 1935 (MoMA, Nova York, EUA)
Guernica 1937 (Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri, Espanha)
Mulher dormindo 1937 (Tate Collection, Londres, Inglaterra)
As damas de honra 1957 (Museu Picasso, Barcelona, Espanha)
Guernica (1937)
"Exposta atrás de um vidro à prova de balas no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, em Madri, está Guernica, a obra que talvez seja a melhor expressão do horror e da brutalidade da guerra desde a série de águas-fortes Desastres da guerra, de Francisco Goya (c.1810-1820).
Em 1936, quando a Guerra Civil Espanhola eclodiu, Picasso vivia na França. Leal à república, ele foi incubido pelo governo espanhol de pintar uma tela para a Exposição Universal de 1937, em Paris. Em abril, contudo, a cidade basca de Guernica foi bombardeada durante um ataque nazista que matou 1.600 pessoas. Picasso se inspirou nesse evento para criar sua vigorosa obra de protesto contra os fascistas liderados pelo generalíssimo Francisco Franco.
A tela, com 3,5m por 7,8m, é pintada em cinza e branco. Seus tons monocromáticos refletem a tristeza do evento e conferem à pintura uma impressão de relato. Suas exuberantes imagens dão vazio a várias interpretações – um touro, um cavalo, uma lâmpada; pessoas correndo, atônitas, com a agonia e o horror estampados no rosto, uma arma com uma flor e uma espada partida. Picasso, contudo, se recusava a esclarecer o possível significado desses símbolos. Já o significado da famosa imagem da mulher chorando sobre o corpo do filho morto é óbvio.
Depois de ser exibida em Paris, Guernica circulou pela Europa, até ser mostrada no MoMA de Nova York. A obra retornou à Espanha em 1981, depois da morte de Franco, porque Picasso havia dito que o mural deveria voltar somente quando o país se tornasse uma democracia novamente."


bibliografia
501 grandes artistas: um guia abrangente sobre os gigantes das artes / editor geral Stephen Farthing [tradução de Marcelo Mendes e Paulo Polzonoff Jr.] – Rio de Janeiro: Sextante, 2009. (págs. 322-325)

quarta-feira, 21 de março de 2012

bola de luz

um dia, no alvorecer...
sem pressa ela surge. existe todo um preparo, um cenário, uma trilha sonora. tudo isso, antes de ela chegar. e isso leva um tempo. ou dois.

as cores chegam antes dela. inclusive, sem ela, as cores nem existiriam. caso não saibam, para existir cor, é preciso haver luz. afinal, o preto é a ausência das cores. o branco, a soma de todas elas.

primeiro, vem o azul. mas hoje o cinza o cobriu parcialmente. começa sem força, sem vida. contudo, basta o relógio juntar seus ponteiros na dúzia, que você o verá intensamente pigmentado. se levanto o olhar em direção à esquerda, vejo através da janela, ainda molhada da chuva da madrugada, uma mistura de laranja e branco, como em obras de arte. realmente, é digno de uma moldura. 
agora o cinza manchou toda a tela. nem azul nem laranja.

além de ver, eu ouço. tem o galo que canta desde cedo, quando ainda tudo era preto, os pássaros que gorjeiam voando para lá e para cá e os motores dos carros e ônibus que roncam enquanto deslizam pelo chão escuro com listras brancas e amarelas. o cinza também faz som; som de água.

o vento leva o tempo. e o cinza, que pouco resiste ao calor da bola, passa a dar lugar ao azul, que já está mais definido. e ao branco, ou melhor, aos brancos, que assim como nas obras de arte, recebem pinceladas de amarelo.

eu vejo, eu ouço, eu sinto.
o cinza é frio, molhado; o amarelo é quente, muito quente. o branco é fresco; e o laranja é agradável. ah, o azul. o azul... bem, este eu não sinto.

quanto mais próxima ela está, mais cores despertam, mais sons ressoam, mais olhos se abrem. e o calor aumenta.
também vejo o verde, de longe, ao redor da cruz. surgem mais cores sonoras que correm depressa nas faixas pretas. só o vermelho é capaz de pará-las.
...
e depois de passar a noite inteira em frente à tela brilhante, os "olhos de diamante", que tanto viram em um simples amanhecer, agora sentem o peso de suas pálpebras, que os fazem adormecer. de súbito, o sono inevitável chega desesperadamente a quem conta a história, que, às pressas, vai até a cama e lança-se sobre ela.

a bola chegou.
e eu não a vi.
dormi.

terça-feira, 20 de março de 2012

in the words of satan

em meio a tantas bobagens (ainda estou sendo muito delicado com essa palavra) compartilhadas no facebook, algumas pessoas prezam pela qualidade do conteúdo e divulgam coisas realmente úteis. esse vídeo foi uma dessas coisas. quem o publicou foi o compositor Fernando Rochael. infelizmente, esse tipo de material tem os menores índices das ações "curtir" e "compartilhar".

achei o vídeo sensacional, de uma criatividade tamanha! transmite uma mensagem seríssima através de um som doce e inofensivo, exatamente como são as armadilhas do inimigo. espero que ele sirva de alerta para quem o assistir e que o faça perceber que Satanás não está de brincadeira. ele não dá a mínima pra você, ou melhor, ele se importa sim... em te iludir de todas as maneiras pra que você esteja cada vez mais envolto em seu abraço fatal. bem, a música já fala por si.
assista e reflita.
"I don't tell you about the God in heaven
who loves you, who yearns for you;
no, I don't tell you about the freedom of
forgiveness and truth...
why would I tell you?
why would I tell you the truth?"

segunda-feira, 19 de março de 2012

Yerushalayim shel zahav | ירושלים של זהב

"Yerushalayim shel zahav
veshel nechoshet veshel or
halo lechol shirayich Ani kinor."


até 5 de dezembro de 1999, morei no bloco g do antigo condomínio verdes mares  meu primeiro lar. eramos 4 pessoas em casa, desde 29 de julho de 1990, quando nasci.

por volta dos 6 a 8 anos de idade, tenho a recordação de ouvir músicas diferentes de tudo que já ouvira – tanto na sonoridade quanto no idioma. minha vizinha pertencia à Fé Bahá'í, uma religião monoteísta fundada por Bahá'u'lláh. é bem verdade que na época eu não tinha a mínima ideia do que isso significava. mas isso também não tinha a menor importância para mim. a única coisa que me chamava atenção e que eu achava estar relacionada com a tal religião, era o tipo de música que ela tocava em seu apartamento. uma dessas músicas – a única que lembro – era "Jerusalém de ouro", uma das mais tradicionais músicas judaicas (comentada no vídeo acima). eu não entendia a letra, não entendia uma palavra sequer, mas a melodia eu gravei... e nunca esqueci.

passaram-se mais de 10 anos de quando eu ouvi a canção até o lançamento do 3º disco, este todo em hebraico, do cantor Leonardo Gonçalves (um dos meus favoritos por diversos motivos). como se tivesse sido no dia anterior, lembrei imediatamente da música que costumava ouvir através da parede comum entre os apartamentos na minha infância. assim que soube do Avinu Malkenu (nosso Pai, nosso Rei), de certa forma, fiquei ansioso para ouvir o repertório do CD, na esperança de poder escutar mais uma vez aquele hino, agora consciente do quê se tratava. por não adquirir o disco assim que fora lançado – comprei em setembro do ano passado, quando ele fez um show aqui , devido à dificuldade de encontrá-lo à venda em Aracaju, busquei por vídeos no YouTube com as faixas do CD (algo muito comum feito atualmente) para ouvi-las e resolver minha curiosidade. foi mais do que eu esperava. como sempre, Leonardo surpreende em seus trabalhos. o que já era tradicionalmente bonito, tornou-se original e atual com o novo arranjo e sua voz. não sou especialista para avaliar a qualidade musical produzida por ele, embora saiba que é indiscutível. mas como mero ouvinte e apreciador da música, tenho o direito de dizer que ela me agrada muito; mesmo se não tivesse explicação para isso, o cuidado tido por ele, tão perceptível, em preparar algo com excelência, já seria suficiente para a admiração.

em agosto do ano passado, mudei-me para um novo apartamento. na rua detrás do prédio onde moro, há uma igreja muito cantante, que consigo ver de uma janela do meu quarto. certa noite de sexta-feira (horário em que é realizado um de seus cultos), enquanto me preparava para ir ao ensaio do Cálamo, ouvi uma melodia familiar. intensifiquei minha atenção naquele som até perceber que era a mesma música que escutava quando menino. fui até a janela para ter uma compreensão mais clara dela e percebi que eles estavam cantando no idioma original (hebraico), o que me deixou mais surpreso – eles cantam muitas versões de músicas americanas. ao ouvir, saí cantarolando junto com eles e fui contar a minha irmã e minha mãe, que compartilham das mesmas lembranças.

escolhi essa música primeiramente pela história que ela tem na minha vida e por ela ser realmente bonita, tanto em letra quando em melodia, e depois, por ultimamente eu ter buscado muito sobre LG, já que seu novo CD "princípio e fim" está prestes a ser lançado. abaixo, adicionei a música, a tradução da letra, informações sobre a sua gravação por LG, uma versão ao vivo da música, na Nova Semente, fotos da sessão realizada para o disco e um box do soundcloud da Sony Music Gospel, com os teasers de 30s do novo cd (as 12 primeiras faixas).
apreciem.

Yerushalayim shel zahav
n. shemer
o ar das montanhas, límpido como vinho e o perfume dos pinheiros
é carregado pela brisa do crepúsculo em meio ao som dos sinos
e na sonolência de árvore e pedra se acha cativa em sonho
a cidade que se assenta solitária, e no seu meio está o muro
 
retornamos aos poços de água, ao mercado e à praça
um shofar soa no monte do templo, na cidade antiga
e nas grutas que se encontram no rochedo brilham milhares de luzes
e então, novamente, nós desceremos ao Mar Morto pelo caminho de Jericó
 
Jerusalém de ouro, e de bronze, e de luz
para todas as tuas canções eu serei de fato um violino
 
mas ao vir hoje para te cantar e te louvar
eu me sinto o menor dos teus filhos e o último dos poetas
pois teu nome queima os lábios como um beijo de fogo
"se eu me esquecer de ti, Jerusalém", que és toda de outro...

(tradução do hebraico)
arranjo e piano acústico (bösendorfer): wendel mattos / arranjo de cordas e vocal: andré r. s. gonçalves / vocal: patrícia lessa-fecury, regina mota, leonardo gonçalves e andré r. s. gonçalves / regência: willams costa jr. / cordas: violinos ayako suganaya, dana freeman, daniela coriat, dennis molchan, gerardo hilera, kathleen robertson, paul manaster, robert peterson (spalla), sai-ly acosta, todor pelev, victoria bietz, xiao he violas brianna bandy, john acevedo, karen lak, zheng wang celli ian mckinnell, john acosta, kevin plunkett, rudy stein contrabaixos jeff bandy, tim christensen / gravadora: sony music / 2010






sexta-feira, 16 de março de 2012

o Tapeceiro

"quando se vê pelo lado certo,
todas as cores da minha vida
dignificam a Jesus Cristo, o tapeceiro."

quinta-feira, 15 de março de 2012

GRANDES artistas


ano passado, comprei vários livros de uma só vez. dentre eles, duas coletâneas da editora sextante: 501 grandes artistas e 501 grandes escritores. é verdade que, no momento da compra, não sabia ao certo quais utilidades estes livros teriam para mim, já que não são romances, por exemplo. eles serviriam apenas para consulta. mas como o preço estava muito bom, não quis perder a oportunidade e comprei. ah, é claro que tenho interesse pelos assuntos dos livros.

enfim chegou o momento em que precisarei usá-lo. neste período da faculdade, estou matriculado na disciplina "iluminação para teatro". na primeira aula, o professor deu exemplos de iluminação em algumas obras de arte e pediu aos alunos que escolhessem uma peça do século XVI ao XIX e analisássemos a luz e as técnicas de iluminação utilizadas pelo pintor na tela. imediatamente lembrei desse livro e fiquei feliz por ter a necessidade de consultá-lo (rs). ao folhear as mais de 600 páginas do livro, é possível ver muita arte e grandes nomes conhecidos e outros não tanto (por mim).

não foi a primeira vez que tive essa ideia, mas havia pensado em criar uma série fixa de um assunto específico, até para manter a periodicidade do blog. e não me falta material com esse livro. portanto, a partir da próxima semana, postarei às quintas-feiras a série GRANDES artistas.

quarta-feira, 14 de março de 2012

II festival sergipano de teatro

"A secretaria de Estado da Cultura (Secult) e o Instituto de Artes Ciências de Aracaju, o IACEMA, prepararam uma programação especial para marcar o II Festival Sergipano de Teatro, que conta com apresentações para todos os gostos e públicos. Serão 30 espetáculos teatrais de palco e de rua, sendo 22 de grupos sergipanos e oito de grupos convidados, dos estados da Bahia, Rio de Janeiro, Piauí, Distrito Federal, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo. 
A programação de espetáculos tem início na quarta-feira, dia 14 de março. Às 15h ocorrerá um grande cortejo teatral de divulgação do II FEST, saindo da Praça General Valadão em direção à Praça Fausto Cardoso, seguido do espetáculo ‘Errar É Umano’, da Cia. Teatral Sinequanon (RJ). A abertura oficial II FEST acontece no Teatro Tobias Barreto, a partir das 20h, e conta com o espetáculo ‘Cárcere de Outono’, de Walmyr Sandes Produções Artísticas (Aracaju-SE). Todos os espetáculos da programação tem entrada gratuita. A retirada dos ingressos para os espetáculos de palco poderá ser feita no dia da apresentação na bilheteria do teatro.  
O II Festival Sergipano de Teatro é uma realização da Secult e do IACEMA e conta com o patrocínio do Banese e Ministério da Cultura (Minc). Para a secretária de Cultura, Eloísa Galdino, a realização de mais uma edição do evento só revela a força das artes cênicas no estado de Sergipe. “A Secult em parceria com o IACEMA pensou numa programação que atendesse as expectativas dos artistas sergipanos e contemplasse um público diversificado”, destaca. As atividades da programação ocorrerão em diversos pontos da cidade como o Teatro Tobias Barreto, Teatro Atheneu, Teatro Lourival Batista, Mirante da 13 de Julho, Praça Fausto Cardoso e Rua da Cultura."
confira aqui a programação completa do II FEST.

cine museu da gente sergipana


"O projeto Cine Museu da Gente Sergipana é uma parceria entre o Instituto Banese, através do Museu da Gente Sergipana, e a Programadora Brasil com o intuito de difundir e oportunizar, de forma gratuita, o acesso a produções audiovisuais brasileiras. Destacando-se a exibição de curtas-metragens sergipanos. Faz parte do projeto a realização de debates sobre as temáticas em questão. O programa contempla módulos mensais, com exibições semanais.

O primeiro Programa 01/2012 (mês de abril).
Temática: Cinema e Literatura
  • 20/04/12 – Sargento Getúlio
  • 21/04/12 – Macunaíma
  • 22/04/12 – Bicho de Sete Cabeças
  • 27/04/12 – A Hora da Estrela
  • 28/04/12 – São Bernardo
As exibições ocorrerão às 18h, no Auditório do Museu da Gente Sergipana – Avenida Ivo do Prado, 398, Centro."

terça-feira, 13 de março de 2012

rezou à família e foi ao cinema

"A Prefeitura Municipal de Aracaju e a Fundação Municipal de Cultura e Turismo | Funcaju, através do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira, empenhados na missão de fomentar a produção audiovisual de Sergipe e em comemoração ao aniversário de Aracaju, têm o prazer de convidar para o lançamento do curta-metragem "Rezou à Família e foi ao Cinema", dia 13 de março, no Museu da Gente Sergipana, às 19h. O filme é resultado da oficina de Realização em Audiovisual 2011 promovida pelo NPD | Funcaju | PMA. 
Com imagens delicadas, trilha sonora essencialmente sergipana e emocionante depoimento, o documentário é um recorte da vida do ator Orlando Vieira, que dá nome ao NPD, e é um dos expoentes da sétima arte no nosso estado, tendo conquistado importantes prêmios por sua atuação em filmes como Sargento Getúlio. A trilha-sonora foi executada pela Orquestra Sinfônica de Sergipe | ORSSE, e composta pelo maestro sergipano Muskito. O filme conta com a parceria da Secretaria de Estado da Cultura de Sergipe | Secult, da Fundação Aperipê | Fundap e do Instituto Banese
O documentário, resultado da oficina e produzido por uma equipe de alunos, teve como ministrante Anderson Craveiro, responsável pela Direção de Fotografia do premiado curta Do Outro Lado do Rio. Rezou à Família e foi ao Cinema explora belas paisagens do estado como o Mosteiro de São Cristóvão, a histórica Fazenda Colégio, em Itaporanga, e a arquitetura de 1912 do auditório do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, em Aracaju.
Confira abaixo, recorte do Making Of! 
Esperamos você!"
trailer:

depoimento de Lima Duarte:

obs:
1) o texto foi extraído do blog do NPD Orlando Vieira;
2) acrescentei hiperlinks e anexei os vídeos ao post.

temporada 2012 | terças musicais

Guilherme Mannis, direção artística
Daniel Nery, coordenação musical

13 de Março, 20h
Daniel Nery, regente
“Festival Jovem Mozart”

Abertura Apollo et Hyacinthus Kv. 38
Andante para Flauta e Orquestra Kv. 285
Sinfonia n. 25 em Sol menor Kv. 183

24 de Abril, 20h
Radamés GNATALLI
Suíte para quinteto de sopros

Nicolay RINSKY-KORSAKOV
Quinteto para piano e sopros

29 de Maio, 20h
ORSSE Jazz Quartet

10 de Julho, 20h
Claude DEBUSSY
Sonata para flauta viola e harpa

Gabriel FAURÉ
Quarteto para piano nº1, em dó menor, op. 15

14 de Agosto, 20h
Obras para Percussão

18 de Setembro, 20h
Daniel Nery, regente

Maurice RAVEL
Trio para Piano

Aaron COPLAND
Appalachian Spring

16 de Outubro, 20h
ORSSE Brass Ensemble

27 de Novembro, 20h
Wolfgang Amadeus MOZART
Quinteto com trompa em mi bemol maior, KV 407

Johannes BRAHMS
Trio para piano nº3, em dó menor, op. 101

11 de Dezembro, 20h
Franz SCHUBERT
Quinteto para Piano em La Maior D. 667 “A Truta”

extraído daqui: Divirta-se - acesse para maiores detalhes (local, solistas etc).

Drive


um mix de ação, romance, suspense, "terror".
fotografia diferenciada, trilha sonora fora do comum e uma L.A. muito iluminada.
atuação incrível de Ryan Gosling.

"If I drive for you, you give me a time and a place, I give you a five minute window. Anything happens in that five minutes, then I'm yours, no matter what. I don't sit in while you're running it down; I don't carry a gun... I drive." 
"there are no clean getaways"
em uma cena do filme, o Driver, após dar uma volta na pista em um stock car, é levado para conhecer Mr. Bernie Rose, o qual estende a mão a ele para cumprimentá-lo, porém ele diz:
- My hands are a little durty.
e Mr. Bernie responde:
- So are mine.
enquanto o primeiro fala do sentido real, o outro se utiliza da mesma expressão, mas com outro significado. 

uma boa lição a ser tirada desse longa é: quando nos envolvemos com o que/quem é errado, sujo - não importa se é para ajudar alguém -, a cada passo à frente que damos, nos sujamos cada vez mais. o mal atrai mal.

o filme contém algumas cenas de violência brutal e bem chocantes (classificação indicativa 16). e estas, apesar de bem feitas/filmadas, não me agradam; principalmente, acompanhadas das reações dos espectadores.

terça-feira, 6 de março de 2012

les ailes poupres : le mystère des flamants


não faz muito tempo que descobri  não lembro onde  The Cinematic Orchestra. a primeira música deles que ouvi foi "to build a home" (trilha do primeiro vídeo abaixo), que foi suficiente para despertar em mim a vontade de ouvir mais deles.

quem já esteve por aqui, deve ter visto alguns posts meus sobre música e dentre eles, um, em especial, sobre música erudita, onde além de falar da minha apreciação por este segmento da música, expus meu desejo de tocar violoncelo.

gosto muito de música calma, reflexiva e orquestrada (bem coerente com meu comportamento tranquilo tão comentado por quem convive comigo. rs). ouço-as atento aos detalhes dos instrumentos e tento imaginar qual foi a intenção do compositor ou arranjador em se expressar daquela maneira, o que ele pretendia transmitir ao ouvinte etc.

as duas músicas selecionadas ("to build a home" e "arrival of the birds") contêm essas características citadas acima; aliadas às imagens espetaculares de um milhão de flamingos no Lago Natron, localizado ao norte da Tanzânia, resultaram em algo absolutamente belo. só mesmo ao assistir e ouvir você compreenderá o que falo.

paisagens incríveis de uma natureza fantástica; seres graciosos acompanhados por melodias emocionantes.
assista.

"Em um ambiente hostil e selvagem, um dos últimos mistérios de nosso planeta: o nascimento, a vida, a sobrevivência de um milhão de flamingos. 
Essa história incrível, localizada às margens do Lago Natron, no norte daTanzânia, nos lembra que há na Terra, um mundo a descobrir. 
Em um cenário dramático para paisagens nunca filmadas, os segredos destas aves lutando para sobreviver, desafiando os perigos e seu destino." (Tradução do texto em francês contido no vídeo)
Les Ailes Pourpres : Le Mystère Des Flamants (Grande Balé Vermelho : O Mistério Dos Flamingos - título no Brasil) é um filme (documentário) francês, produzido pela Disney Nature.

até a 8ª série (9º ano) eu tinha vontade de ser biólogo. gostava e ainda gosto muito de bichos e da natureza de um modo geral. lembro que tinha o costume de ir à biblioteca do colégio e assistia a documentários/aulas, conforme os assuntos eram estudados em sala. canais como discovery, national geographic e animal planet me atraem muito (ainda mais hoje, com high definition).