sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Não me move

It Is FinishedLars Justinen

Não me move, Senhor, para Te amar 
O Céu que me prometeste.
Nem me move o inferno tão temido
Para deixar por isso de Te ofender.

Tu me moves, Senhor;
Move-me ver-Te
Pregado em uma Cruz e escarnecido;
Move-me ver teu Corpo tão ferido,
Movem-me tuas afrontas e tua morte.

Move-me enfim o teu amor,
E de tal maneira
Que ainda que não houvesse Céu eu Te amaria;
E ainda que não houvesse inferno Te temeria.

Nada tens que me dar para que eu Te queira,
Pois mesmo que eu não esperasse o que espero,
O mesmo que Te quero
Eu te quereria.

                                                              , Teresa de Ávila

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

hoje é dia de maria


Alecrim, alecrim dourado
Que nasceu no campo
Sem ser semeado.

Foi meu amor
Que me disse assim:
Que a flor do campo
É o alecrim.


assista aqui à 1ª temporada.

blogs


nunca tive AQUELA vontade de ser blogueiro, mas sempre achei a ideia de ter um espaço seu para escrever e compartilhar diversas coisas com outras pessoas muito legal. há dois dias criei este blog. não foi uma decisão amadurecida com o tempo, ela apenas surgiu uns dois dias antes e depois resolvi executá-la. costumava seguir poucos blogs, especialmente o da Laura Morena, mas descobri que, assim como o dela, há tantos outros interessantes; bons de ler, de ouvir, de ver, de sorrir, de aprender, de viver. tem para todos os gostos, línguas, idades. tem com temas específicos e também variados, tipo "o que der na telha". muitos me chamam a atenção, sobretudo os que tratam de arte, seja pelas letras, pelo som ou por imagens. quero me envolver, me aprofundar e experimentar; quero me encontrar em outros blogs, em outras pessoas. da mesma maneira, quero repartir meu mundo, minha visão dele, minhas sensações.

as expectativas que criei para o rodrigoacoelho.blogspot.com são mínimas. espero agradar quem passar por aqui e fazê-lo(a) sentir saudade. sou ávido de saber as opiniões alheias a respeito dos meus relatos, tão somente de responder aos comentários. portanto, não hesitem em escrever nem economizem palavras.

e para quem já desejou ou está a ponto de criar seu blog, não se demore em fazê-lo. aprenda a usufruir desta ferramenta e se expresse livremente, entenda-se conscientemente.

abraço.

Thiago


inspirado pelo post do amigo Sanmy, surgiu este aqui sobre esse garotinho de cabelo dourado. para quem não o conhece, seu nome está no título do post e ele é meu primo, meu primeiro primo (e único) por parte de mãe. ainda não tenho sobrinho(a), portanto, não posso determinar que o sentimento que teria por um(a) seria o mesmo que tenho por Thiago. contudo, sei que o amo.

não o vi nascer - tinha 13 anos na data do seu nascimento, o dia da bandeira -, mas estava em sua casa quando ele a conheceu pela primeira vez. e permaneci lá por vários dias. ajudei minha tia no cuidado com ele. foi uma experiência incrível, totalmente nova e marcante.

os anos seguiram, e quando ele já estava maior, passou a fazer estada em nossa casa. sempre foi e é muito bem-vindo aqui. "a criança é a alegria do lar", já disse alguém. nestas férias, ele está hospedado aqui novamente, e dorme no meu quarto. minhas noites, geralmente, terminam com uma conversa entre mim e ele (na verdade, são as noites dele que terminam assim. eu sempre fico ao computador e durmo depois dele, bem depois.). eu, sentado na cadeira, e ele, deitado na cama. ultimamente, seus assuntos resumem-se a  reclamações das minhas longas horas do dia em frente à tela brilhante. mas eu não deixo barato e perturbo ele quanto aos desenhos bobinhos que ele assiste na sky. (rs)


notre petit prince

thiaguinho, como costumamos chamá-lo, conquista a todos daqui, diariamente. seu carinho, seu jeito doce, suas ideias originais, sua ingenuidade, sua sinceridade, sua fala simples e sua risada gostosa nos cativam e abrandam nossos corações maduros. é tão bom ouvir sua voz chamando "digo".

muitos dizem que ele se parece comigo. reconheço que tento imprimir certos gostos pessoais nele, como por exemplo, a leitura e a música. às vezes, aparento ser meio rude ao tratá-lo com voz firme e um semblante fechado; todavia, essa maneira não deve ser entendida como grosseria; quero apenas deixar claro que o assunto é sério. percebo que assumo essa postura no intuito de evitar que ele faça certas coisas que eu faço ou para criar nele, hábitos que adquiri tardiamente. se é para ser parecido comigo, que seja um "eu" melhorado. já pensei em levá-lo a algum concerto da ORSSE, mas talvez isso seria demais para ele. um desafio: conter toda a energia que há em seu corpo por cerca de duas horas. só pelo adormecimento.


hoje é seu último dia de férias em nossa companhia. foi muito divertido tê-lo aqui por quase todo o janeiro. todos os nossos mergulhos e tremedeiras de frio na piscina, os penteados com gel, os sustos etc. sentirei falta dele, que agora, depois da nossa tradicional última conversa, já dorme profundamente aqui na minha frente. eu paro... e reparo nele. vejo o quanto cresceu. não é meu sobrinho, é primo; e mais do que isso, é quase um irmão.

#1 | atenção!

certa vez, disse isso:
"Não se engane com os calminhos, os "bobinhos", os quietinhos, os caladinhos, os "bestinhas", os bonzinhos etc. Pessoas podem ser o que elas querem que os outros achem que elas são. Isso vai tanto dos que fingem para fazer o mal - os chamados "lobos em pele de cordeiros" - quanto dos que apenas se reservam e não expõem tudo de si, no intuito de se auto preservarem, mesmo. Portanto, não menospreze nem subestime aqueles que você considera ingênuos ou qualquer "inho" desses citados acima. Não quero dizer que você deve temer essas pessoas, digo apenas que elas podem ser muito mais do que parecem ser pra você. Ah, também não as provoque."
é muito válido, ainda. 

O Soneto dos olhos tão azuis


Gotas de celestial encanto ou diamantes de raro valor?
Como descrever aqueles olhos de tanta beleza e cor?
Tão azuis que mais dois oceanos tais olhos parecem
E são labirintos que fascinam, encantam e aquecem.

São olhos tão sérios e sóbrios e firmes e sábios
Mas eles revelam tanto e tão mais que seus lábios
Há mais naquele olhar do que se erroneamente pensa
Uma alma tão ímpar, singular, complexa e tão densa

Janelas da alma, alma de segredo velado e oculto
Escondido sob um semblante calmo, manso e culto
Porque neles vejo um mar de lágrimas e fúria, amigo?

Esses olhos que já muito viram e sonham tanto
Perspicazes, argutos, sensíveis à imagem ao encanto.
Que mistérios esses tais olhos azuis guardam, Rodrigo?

                                                                                          , A. R. N.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

"qua-ri-qui-qui-qui..."


no próximo sábado, às 19:30h, acontecerá a "hora social do grupo cálamo" na IASD siqueira campos (rua distríto federal, nº 606). será após o vijobes, que contará com a presença do pastor Ronaldo Arco, líder JA da UCB. no domingo, o próprio realizará um culto com mensagens faladas e cantadas, a partir das 19h.

eu, como membro veterano do grupo, gostaria muito de contar com a presença de vocês, meus amigos, para termos um noite animada, conhecermos outras pessoas e matarmos a saudade de quem só vemos de vez em quando.

e pra gastar toda essa energia é preciso estar abastecido, portanto, desde do pôr-do-sol e ao término do vijobes, serão vendidos lanches, doces e salgados (e terá dedo da D. Dalva. hmm!) para que você se prepare para a noite. não queremos ninguém triste e desanimado, huh!?

o som ficará por conta de quem já é tradição em horas sociais, ou seja, sucesso garantido. ;)

esperamos ansiosos por você e seus amigos, lá na igreja. será um prazer recebê-los.

people, help the people

sensibilidade nas palavras, na voz, na melodia, no toque, nas imagens...

pelo desprazer de reencontrá-la

já fazia um bom tempo que nós não nos encontrávamos. apenas comentara dela um dia antes de seu aparecimento com um amigo. de minha parte, nunca houve interesse explícito que isso acontecesse. mas, infelizmente, desde quando eu nem lembro, sempre convivemos por alguns dias várias vezes, durante todos esses anos de existência - cerca de 21 anos e meio. ela é mais velha. nem sei sua idade. é conhecida de vários conhecidos e desconhecidos. certamente, não é querida por ninguém. ela é daquelas que chegam sem avisar; quando menos se espera, quando não se está preparado. de fato, há como evitar sua presença. o convite é indireto, posso assim dizer. na verdade, ela sabe quando pode surgir. às vezes, é um amigo seu que lhe apresenta a ela. vocês têm um breve contato - o que já é suficiente para que ela se sinta bem-vinda.

dois dias depois ela reapareceu (e é bom deixar claro que foi super inconveniente no horário: pouco depois de o relógio reiniciar sua contagem de horas). como se não bastasse, dormiu aqui, no meu quarto, na minha própria cama, dividindo o travesseiro comigo, mas só me dei conta disso quando acordei. não foi nada agradável ter sua companhia. passei o dia incomodado. tentei ignorá-la. por alguns instantes ela desaparecia, mas logo tornava a me cutucar e lembrava-me de que ainda estava ali.

já era tarde (ou cedo) quando ela adormeceu. já era o outro dia. e antes dela, fui eu quem adormeceu. acordei e voltei às 3 da manhã pra casa. achei que ela tinha ficado por lá. na verdade, nem lembro. devia estar muito sonolento e fatigado de sua companhia importuna. dormi. acordei sufocado... por ela, que pesava sobre meu peito e dificultava o respirar.

bem, ela ainda está aqui. faz 3 dias, hoje, desde que chegou. por ela fico com um aspecto abatido, doentio, indisposto, sem apetite. não vejo a hora de ela ir embora. e que não volte tão cedo. queria trocar as duas últimas palavras da oração anterior por "nunca", mas seria prepotência imperar isso. se ordenar sua ida bastasse, já teria gritado algumas palavras como: "deixe-me em paz!", "eu te odeio!", "suma da minha vida!" etc. mas, querendo ou não, eu permiti que ela viesse e permanecesse comigo todas as vezes que dormi tarde (como hoje ou pior) e não me protegi do frio, que não comi o desjejum, que ingeri açúcar em seus mais diversos disfarces e até quando tomei açaí à noite.

tudo fará mais sentido quando eu disser de quem tenho falado. e tenho certeza de que você concordará comigo sobre o desprazer de reencontrá-la, a insuportável e velha gripe. ATCHIM!